quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Importância

Decidi o tema do meu livro. Será de contos. E é isso por agora.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ignorante

O cheio se faz vazio em tão poucos segundos. Idéias se perdem em lugares que não se pode achá-las. Olho as novas construções, todas as suas realizações palpáveis, e percebo as minhas tão distantes e diferentes. Percebo também nossos objetivos contrastantes como branco e preto. Não digo o que penso, pois não é mais necessário. Você atingiu o que, pessoalmente, desprezo e repudio. Não por acreditar na minha superioridade, como a maioria crê cegamente que seja, mas por apenas desconhecer o significado e me parecer impossível assimilá-lo.

domingo, 21 de setembro de 2008

Insuficiente



Juntei todas as coisas que lhe pertenceram e joguei tudo dentro de uma caixa. Ela está escondida na última prateleira do closet do corredor. Pretendo me livrar deste peso algum dia. Acabei encontrando vestígios da minha vida dupla mesmo sem procurar.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Cronograma para o fim de semana!
Acabar com essa budega logo!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Em minha banheira



Causa espanto pensar que, a cada momento, aproximo-me mais dos valores defendidos por Zooey Glass. Quem me conhece entenderá.


Adoro a definição de Boo Boo para Zooey:
"The blue-eyed Jewish-Irish Mohican scout who died in your arms at the roulette table at Monte Carlo."

sábado, 2 de agosto de 2008

RECADO DO DIA

Este blog tem um objetivo obscuro até para a mente dos mais entendidos sobre o assunto em questão. Sugiro que você leia e não reclame. Afinal, decifrar ou entender nunca foi meu forte, muito menos meu desejo.

Desapercebido




Se tivesse acontecido alguma coisa a mais além das poucas palavras que trocamos me espantaria. Falei apenas pela cordialidade do gracejo a um rosto familiar. Dirigi minhas palavras com a mesma intensidade e intimidade que empregaria a alguém visto algumas vezes seguidas no elevador do prédio, meros vizinhos. Esqueci todas as coisas ditas anteriormente. Será possível? Não. Há um passado e ele é futuro e é presente. Pode ser transformado através de ações. Agi como gostaria que tivesse sido. Você me parece um mero desconhecido agora. Transformei você nisso e escolho não passar desse estágio desta vez.

sábado, 26 de julho de 2008

Meus quatro amigos





O bibliotecário acertou em cheio quando disse:
- Vai passar o fim de semana bem acompanhada!
Realmente! Não era o plano A, mas, confesso, que o B ta mais pra ótimo que qualquer outra coisa...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Entre as páginas



Não sei que tipo de pessoa você espera que seja o narrador de um livro ou filme. Nem sei se você já pensou nisso. Eu, particularmente, prefiro os bem oniscientes, inconseqüentes e personagens ativos na trama. Daqueles que estejam o tempo todo conversando com você como se te conhecessem tão bem quanto sua própria mãe. Gosto também daquele tipo cara-de-pau capaz de te adiantar detalhes da história ao ponto de se achar tão poderoso, mas tão poderoso como donos de cassino luxuosos que tem todo aquela gente controlada por suas super câmeras de segurança. Tão capazes de decidir a sorte (ou azar) do pobre cidadão comum sentadinho a mesa de vinte - um quanto um Deus antigo ou atual. Tudo por ali parece ser apenas como eles contam. Apenas o que eles querem te dizer. Gosto dos francos, dos mentirosos, dos irritantemente prepotentes, dos insensíveis, dos ridiculamente cegos, dos completamente desapegados, dos bobos, dos burros, dos inteligentes, intelectuais... Contanto que seja narrador com alguma característica marcante, tá valendo!

domingo, 20 de julho de 2008



As idéias se transformam. Sentimentos aprendem a ficar guardados mais fundo a cada dia. Você perde a vontade de fazer o que antes era extremamente necessário. Esqueça.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Mae - Just Let Go



(...)

Are you
Are you falling for me?
Like I
Oh, I'm falling for you...

There's an old oak tree
We can swing and sway
We'll lock arms and lay
(You're so far away)
It's just you and me
We can get away

(...)



{Música de hoje. Perfeita!}

quinta-feira, 17 de julho de 2008

PARTE V: Embarque



Ela desceu do taxi com os olhos cobertos por grandes óculos escuros. Tinha a área próxima ao nariz levemente avermelhada. Parou em frente às portas automáticas do aeroporto e contemplou o movimento do ambiente até o “seu” taxi partir. Não olhou para trás. Apenas carregava uma pequena mala de mão quase imperceptível perto das outras. Decidiu, por fim, desafiar suas pernas travadas a se movimentarem.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

PARTE I - Incógnita



A campainha tocou. Ela estava à espera de seu, talvez, novo assistente. Pelo que conversaram ao telefone, traçou um perfil barato tomando como parâmetro os clichês comportamentais na época em que o entrevistado nascera, a entonação que dera as palavras, do timbre de voz, gírias e vícios de linguagem pronunciados.

Ela sempre agia de forma peculiar além de falar muito pouco, fato responsável pelo desconcerto de todos os entrevistados anteriores. ‘Este é satisfatório’, pensou consigo. Marcou aquele encontro prévio para examinar o rapaz antes de dar a palavra final.

Quando entrou no apartamento não surpreendeu a anfitriã. Era exatamente como ela imaginara. Foi capaz até de acertar sua roupa com pequenos detalhes. Da informalidade do botão aberto do colarinho até a cor de camisa escolhida para aquele tête-à-tête profissional.

Examinava-o com certa superficialidade. Também era fácil de reparar que, mesmo tendo cinco anos a mais, ele se sentiu infinitamente desconfortável pela presença feminina no recinto. Ela notara, mas não fez questão alguma de confortá-lo. Falava apenas o necessário. Era um tipo angelical transformado em megera intelectual bem cuidada.

sábado, 12 de julho de 2008

TERAPIA

- Um pouco de boa sorte. – Pensou.

Tinha um potencial muito além daquelas entrelinhas iniciais. Era movida a dedicação, organização, comprometimento e uma pitada de talento. Parte pelo seu gênio indomável e influências literárias desde a infância. Tinha um senso crítico apurado, ninguém era capaz de negar. Outra influência primordial para a mistura satisfatória era o nascimento. Neta de político de direita, filha de militantes de esquerda, pôde contemplar, desde o berço, várias facetas do invólucro parlamentar-social deste país. Cresceu entre pessoas diferentes de si mesma, um pouco perdida, um pouco assustada. No começo, se escondia atrás dos óculos cafonas mergulhados nas páginas de mais um romance do século XVIII-XIV. Jane Austin, de preferência.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Nova era

Começou.
Liberdade.
Tudo que queria.
Agora tenho e não me arrependo.
Ainda bem.

sábado, 7 de junho de 2008

As coisas vão mudar.
vão mesmo.

domingo, 1 de junho de 2008

Quase um diário

Tá, vamos começar do zero, ok?
Nenhuma história funciona. Nada funciona na sua vida? O que você faz? Tenta mudar!
Sou a loca garota da limpeza vendo filmes toscos pra passar o tempo sem fazer os trabalhos necessários para ganhar nota!
É a nota. Claro, o sarcasmo e a ironia não são apreciados nas minhas aulas de técnicas literárias, meu professor simplesmente disse que não dou pra coisa, assim, simples assim. Além disso, ele não aprecia pessoas irônicas como modo de vida. Gosta de ser brega e transparente. Como se fosse possível. Você estaria motivado depois disso? Não tenho vontade de escrever. É tudo involuntário, sabe? Entraria num bar qualquer e encheria a cara! Moraria em outro país. Mudaria de faculdade, de identidade. Sei lá... Tô na fase do casulo, talvez tenha algo em comum com os cinco anos. Cinco. É isso mesmo. Já se passaram quase cinco anos. Compraria coisas sem utilidades e observaria pessoas fúteis, como eu mesmo pareço, comprando suas coisas. Observaria a vida dos outros. É o que mais gosto de fazer nas horas vagas. É tão interessante... Parece um grande jardim zoológico. E comprei a porcaria do jornal, já ia esquecendo desta observação. Fiz meu pai sair de casa pra comprar o jornal com a matéria maldita, e a foto. Guardo, recorto, sei lá. Rasgar é que não vou. Não estou preparada, disso tenho certeza. E isto aqui não faz o menor sentido. Não é pra fazer mesmo. Só estou escrevendo um bando de coisas inúteis. Os momentos que lembro, sei lá. O melhor do dia se resume a uma conversa boba sobre um filme água com açúcar com alguém mais familiar impossível. Não sei o que quero. Grito? Não, dramático demais. Não sou mais assim. Nunca fui. Era uma personagem. Bem, esqueçam. Vou sair. Comprar coisas inúteis agora. Depois escrevo se tiver vontade.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Não foi

Parei e decidi pensar em tudo que deixei para trás naquela tarde. Minha intenção era fugir para algum lugar que ninguém me conhecesse. E quando as pessoas passassem a me conhecer lá, fugiria outra vez. Será que faltaria lugar para me esconder neste mundo? Acho que, no fundo, não importa muito onde esteja, estarei comigo. E sei que estou fugindo, estou mentindo, estou sendo patético! Voltei de malas nas mãos pra casa mesmo que ninguém estivesse a minha espera.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Livre arbítrio

Senti meu corpo deslizar através do líquido até o fundo da banheira. Cobri o rosto de água deixando apenas o nariz para fora. Tinha os olhos fechados e o cabelo flutuante. Quando os abri, vi tudo de maneira diferente.
Sentia a água quente. Era inverno e minha pele se mostrava mais branca que o normal. Não me mexi. Pensei comigo: “será que alguém consegue se afogar numa banheira?”. Fechei os olhos novamente e prendi a respiração. Emergi. Ficaria lá eternamente. Queria saber se era possível. Estava disposta. Não tinha nada a perder, mas não agüentei por motivos biológicos. Era mecânicamente impossível. Quando levantei a cabeça da água, nenhum dos meus problemas tinham desaparecido.

sábado, 24 de maio de 2008

Ainda sem título.

Não fechou os olhos a noite toda. Apenas observava seu cachorro deitado no tapete ao seu lado. Não se virou nenhuma vez para Marcel. Ele não percebera a frieza e distância da noiva. Dormia profundamente. Ao contrário do noivo, Buddy não dormiu. Apenas encarava sua dona com olhos reconfortantes. Ela não precisar falar nada. Parecia entendê-la melhor que qualquer ser humano. Quando o despertador tocou anunciando seis horas da manhã, o crítico de arte nos seus quarenta e poucos anos acordou para mais um dia de trabalho. A moça fechou os olhos levemente ao perceber o corpo ao seu lado se levantar. Ele a olhou por um momento e seguiu para o banheiro. Quando fechou a porta, Buddy subiu na cama e preencheu o lugar vago.


Meu livro começa assim. E é só o que vou postar dele.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Revirando o armário

Esqueci como algumas músicas estão intimamente ligadas as pessoas da minha vida. Escutar minhas bandas favoritas pode ser doloroso e reconfortante.

Uma das minhas favoritas. Acho uma das letras e melodias mais lindas. Simples.

Sun
(Mae)
I'm a mess, I guess.
It's what I asked for, it's what I needed.
Well, you know me better than that,
or at least you did and something happened.
But once again something's happened.
The confidence you held in us
is the rope we almost hung ourselves with.
At times I wonder if we really took the steps
to break right through it.
I know that there were better days,
but to see the light and to feel the rays.
Life was always back and forth
and we were idling or making useless progress.
Waiting for the rain to stop.
Destination: beautiful.
Seems that I'm still waiting for the sun.
Someday will come back to us, if you're willing let it go.
Why won't you just let this be your sun?
It seems like yesterday we had the world our way.
But some will say we're heading for destruction.

I'll ask you "What in the world should we do?"
This light is green our break is through.
Are we not trying or are we trying too hard?
Well, you know I never want to miss,
I hold on tight and reminisce.
But it's bittersweet to me.
When time stands still as it's trapped inside
the letterbox you gave back to me.
But I'm the one who keeps on reading.
But I'm the one who wants to let it go.
I'm the first to speak.
You're the last to know.
Another scene that we're creating,
I need to know if we still making useless progress.
Waiting for the rain to stop.
Destination: beautiful.
Seems that I'm still waiting for the sun.
Someday will come back to us, if you're willing let it go.
Why won't you just let this be your sun?
It seems like yesterday we had the world our way.
But some will say we're heading for destruction.

domingo, 18 de maio de 2008

Ainda não acharam meu corpo

Não vou escrever. Não posso. Sinto dor de cabeça só em pensar. E nem os banhos quentes que Sylvia recomenda parecem resolver. Estou presa na redoma de vidro. Sinto-me patética, silenciosa, discreta, alheia, fria e reservada. Vou apenas observar a vida dos outros e esquecer de viver a minha.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Meus sapatos vermelhos

Esperei sentada no banco perto da escada principal. O recinto estava lotado. As vozes ecoavam, mas não consegui interagir com figura alguma. Apenas esperava de cabeça baixa no banco perto da escada.
Ele chegou lentamente. Meu olhar focava os botões da minha própria calça e meus longos cabelos castanhos, caídos dos lados, formavam uma estécie de barreira protetora. Reconheci seus tênis e, antes que pudesse levantar o olhar, ele se abaixou acomodando suas mãos nas minhas cochas para equilibrar o peso do corpo.
Foi necessário apenas uma pequena troca de olhar para meu rosto modificar a expressõa. Beijou-me a face com ternura. Levantou devagar e pegou minha mão. Segui seus paços. Abraçou-me junto ao corpo e me fez sentir segura novamente.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Não enganas

(Não sou boa nisso, mas precisava escrever.)

Éramos dois até as luzes apagarem
Sorri para você no escuro
Senti sua mão na minha
Escutei sua voz

Éramos um até as luzes ascenderem
Coloquei meus sapatos vermelhos
Você sorriu constrangido
Pegou minha mão

Somos sempre dois e um
O toque nos aproxima
O sorriso nos liberta
E nossos olhos não sabem mentir

Se não me tocas mais?
Se não sorris mais para mim?
Nossos olhos sabem
Só há mentira

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cavalo que é burro

A primeira reação é sempre definir. Tentar colocar barreiras para limitar. Rotular tudo para facilitar o entendimento. Racionalizar é o meu forte, da maioria que segue a droga do pensamento iluminista. Incomoda ser livre. Sem definição específica o cavalinho fica solto, desprotegido. É difícil estar fora do cercadinho. Paste por toda a parte e pare de se preocupar com as porcarias de definições.

terça-feira, 29 de abril de 2008

O Duplo

Olhou-se no espelho e viu algo diferente. Atendia pelo mesmo nome, mas era outro. Algumas coisas eram familiares. Chegavam a partilhar gostos, escolhas e até traços, porém nunca seriam o mesmo. Eram duas partes distintas de frutas diferentes.
Percebi pela cor de seus olhos que se tratava de um engano mortal. Eram tonalidades diferentes. Um possuía esferas verdes profundas, pesadas e tristes. Lembrei das bolinhas de vidro que jogava no fundo do quintal do meu avô. Ao mesmo tempo fascinantes e frágeis. Já o outro era dono de leves amêndoas divertidas e sem compromisso. Não possuía mentira no olhar, portador da verdade como uma criança. Eram olhares tão distintos, sorrisos diferentes, pessoas díspares.
Não os queria, eles apenas apareceram como fantasmas. Atormentada, fugi para longe onde nenhum deles fosse capaz de me encontrar.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Acabou

Não posso mais escrever sobre alguém que se foi. Tenho que parar de fazer as coisas em função de alguém que se foi. Escrever isso é relembrar a necessidade de escrever sobre dor. Incrível. Sofrer com a presença e agonizar na falta. Esquecer não é base de raciocínio. É necessário apenas superar. Com marcas eternas, mas superar.

domingo, 27 de abril de 2008

Adeus

Eu te olhei. Você não olhou de volta. Apenas me disse que não dava mais. Não achei que este dia chegaria. Fiquei parada na chuva durante vinte e quatro minutos até perceber que você tinha partido. Deixou-me de verdade, para sempre. Não era minha vontade, nunca quis isso. Juro. Pensei em te deixar, mas nunca imaginei que o contrário aconteceria.
Você me disse que não era mais a mesma pessoa. Tinha certeza disso há muito tempo e, mesmo assim, continuei agindo como se nada tivesse mudado. Ingenuidade a minha. Pensei que era para sempre. Com todos os defeitos, era pra sempre. No fundo, é pra sempre.
Dei dois paços, parei outra vez. Encostei-me em um canto qualquer onde a chuva ainda alcançava meu rosto. Simplesmente resolvi reviver as suas palavras. Pensei nas coisas que nunca te disse, nos silêncios intermináveis, nos olhares, na primeira vez que te vi, nos momentos de melhor amigo, na falta que meu confidente faria, em todos os meus erros, nos seus também.
Senti falta de escutar meu telefone tocar. Esperei que tudo fosse apenas uma brincadeira cruel. Já passei da conta tantas vezes. Acho que mereci. Então percebi a chuva se misturar as minhas lágrimas. Senti um pedaço de mi ser arrancado. Um vazio insubstituível, pra sempre.

sábado, 26 de abril de 2008

Nova figura

Ganhei um presente hoje.
Pedro, obrigada! Muito fofo da sua parte.

:)

Sem nada pra dizer.

Alguém em meio à multidão se referiu a mim como ‘aquela moça blasé’. Será? Concordo com alguns pontos do texto “A metrópole e a vida mental” do Simmel, afinal, foi um dos que li para minha prova de sociologia no segundo período, mas ser chamada de blasé? Será? Pensei nesta tal pessoa que afirmou com tanta autoridade e conhecimento sobre o que muitos conhecem como “atitude blasé”. Resolvi procurar no Google. Achei respostas idiotas, algumas mais completas, mas nenhuma chegava ao ponto em que me tornei blasé. Será que me tornei ou sempre fui?
Parei de sentir os estímulos do mundo moderno e minhas atitudes são cheias de sarcasmo? Se virei blasé não foi por modismo, mas por necessidade. E este distanciamento diante das coisas serve de proteção para não me machucarem mais. Ainda procuro entender o verdadeiro significado desta subjetividade e o motivo dele ter me chamado de blasé com tanta facilidade.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nada.

Não tenho nenhuma proposta. Acredite. Minha proposta se resume em não ter proposta. Escrevo qualquer coisa que quero. Influência da minha mente doentia e das leituras loucas, como você pode perceber. Procuro escrever coisas que todos já escreveram e estão cansados de saber. Procuro encontrar coisas que ninguém jamais achou. Um teria mais importância que o outro? Acho que não. Não tenho proposta. Não tenho propósito. Sou apenas alguém com mente febril e atormentada querendo escrever. Se for do seu interesse, pode ler. Não ligo. Critique. Faça o que bem entender. É um direito seu. Apenas peço que faça o que você quiser. Nunca o que eu quero que faça.

Obrigada pela atenção.

Uma simplória verdade

Você bateu na minha porta ontem. Tenho certeza que foi você. Não se esconda atrás desta máscara ou nas sobras do canto escuro. Apenas diga a verdade. Não fuja, seja homem. Ou talvez seja o que você quiser ser. Não se importe comigo. Apenas diga a verdade. Você bateu na minha porta ontem? Como saberei se estais falando a verdade depois de tantas mentiras?
Eu sei que foi você. Apenas sei. Diga. Pois nada que você disser de diferente irei acreditar. Suas mentiras o corromperam. Tornaram suas verdades falsas como notas de 3 reais.
Mesmo que você não tenha batido na minha porta ontem, sempre acharei que mentes ao afirmar a pura verdade.


Cuidado com as escolhas, meu caro amigo.
Levar uma vida de mentiras acaba destruindo o pouco de verdade que ainda há em você.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Are you in?

Todos devemos estar nessa? Acho que sim. É bem melhor quando estamos juntos nessa. Uma festa? Seja lá qual for. Você ta dentro? Sempre estou. Acho que nem precisa perguntar. O clima é sempre melhor. Social. Máscaras. Corpos. Copos. Líquidos coloridos. Você se diverte com toda aquela luz, música e ar propício à loucura. Dance, faça o que você deseja. E quando entrar nessa, entre de verdade. De corpo e alma. Imparcial. Sem julgamentos. Aproveite.

E então? Are you in?
Eu estou! Sempre estou.


*Are you in? – Incubus*

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Direcionado!

"Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar a dor é impossível
Evitar esse amor é muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz"


Me deixa em Paz - Orquestra Imperial

terça-feira, 1 de abril de 2008

VAMOS COMEÇAR...

eeee... Mentira... 1 de Abril!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Dedico

Os olhos identificam o que se pode ver. Seu cérebro avalia possibilidades racionais. E o Coração? Na verdade, ele age ao acaso, involuntariamente. Apaixona-se aos poucos ou de uma vez, depende. Há sempre uma variante “X” nesta mistura. Nem o próprio poeta pôde explicar. Há algo sobrenatural, destino, compatibilidade, como você quiser denominar meu caro amigo. O resultado é, em certos pontos, assustador. Uma combinação indispensável para o seu universo pessoal. Você vê as cores de maneira diferente, formas se perdem, passa a confiar fielmente e aprende o sentido de palavras antes inexistentes em seu dicionário. Passa a acreditar no clichê e a não fugir mais dele. Libera sua vida para emoções desconhecidas. Conforma-se em sentir saudade, dividir atenções e aproveitar ao máximo os momentos mais simples ao lado de alguém. A amizade nos faz capazes de sairmos da ilha e nadar no mar azul. Não é menos que o amor, como alguns pensam, é apenas diferente. Particularmente, acredito que a verdadeira seja até maior e indissolúvel. Ainda acredito nos valores utópicos dos sentimentos, mesmo não gostando de admitir. Pois tudo nesta vida é tão descartável. E o verdadeiro sentido destas emoções é eterno. Simples assim.

é pra você, Bru.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Odeio

Olhei fundo nos olhos dele, depois repeti umas três mil vezes o quanto queria me ver livre daquilo tudo. Infelizmente, passado não é escrito a lápis que se apaga fácil com borracha. Escrevi minha vida a caneta tinteiro sem folha para rascunho. Os erros ficam claramente evidentes.

terça-feira, 11 de março de 2008

Texto de Técnicas.

O processo depende da primeira frase? Talvez. No meu caso, depende da última. Sempre leio o período final antes de comprar ou alugar qualquer coisa. É um ritual simbólico. Como escutar as páginas batendo umas nas outras quando folheio rápido. A primeira frase só aparece quando o desenho completo do texto já está aqui dentro. A última frase, sim, é o que me preocupa. Preocupa tanto por ser o último contato entre o leitor e o autor. É o momento em que estamos liberando aquele caro amigo para seu universo particular e esperando que ele leve alguma coisa daquele seu grande passeio a cavalo ao ar livre. Já posso soltar o braço do caro leitor?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

sem assunto

Algumas coisas parecem fora de lugar. Sabe quando você procura muito por algo que não conhece direito, ou não se lembra como é? Uma roupa, um objeto ou um sentimento. Sente-se aquele peso desnecessário ou aquela sensação de vazio suportável. E junto a todas essas coisas você sente o pior: Dúvida. É a dúvida de não saber o que se quer, muito menos do que se está procurando. É uma completa jornada de busca as cegas. E no meio disso tudo você encontra coisas que não estava interessada no começo, se perde, e deixa que a vida te leve em um eterno caminho de procuras insaciáveis, inexplicáveis.