quinta-feira, 20 de março de 2008

Dedico

Os olhos identificam o que se pode ver. Seu cérebro avalia possibilidades racionais. E o Coração? Na verdade, ele age ao acaso, involuntariamente. Apaixona-se aos poucos ou de uma vez, depende. Há sempre uma variante “X” nesta mistura. Nem o próprio poeta pôde explicar. Há algo sobrenatural, destino, compatibilidade, como você quiser denominar meu caro amigo. O resultado é, em certos pontos, assustador. Uma combinação indispensável para o seu universo pessoal. Você vê as cores de maneira diferente, formas se perdem, passa a confiar fielmente e aprende o sentido de palavras antes inexistentes em seu dicionário. Passa a acreditar no clichê e a não fugir mais dele. Libera sua vida para emoções desconhecidas. Conforma-se em sentir saudade, dividir atenções e aproveitar ao máximo os momentos mais simples ao lado de alguém. A amizade nos faz capazes de sairmos da ilha e nadar no mar azul. Não é menos que o amor, como alguns pensam, é apenas diferente. Particularmente, acredito que a verdadeira seja até maior e indissolúvel. Ainda acredito nos valores utópicos dos sentimentos, mesmo não gostando de admitir. Pois tudo nesta vida é tão descartável. E o verdadeiro sentido destas emoções é eterno. Simples assim.

é pra você, Bru.

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