quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cavalo que é burro

A primeira reação é sempre definir. Tentar colocar barreiras para limitar. Rotular tudo para facilitar o entendimento. Racionalizar é o meu forte, da maioria que segue a droga do pensamento iluminista. Incomoda ser livre. Sem definição específica o cavalinho fica solto, desprotegido. É difícil estar fora do cercadinho. Paste por toda a parte e pare de se preocupar com as porcarias de definições.

terça-feira, 29 de abril de 2008

O Duplo

Olhou-se no espelho e viu algo diferente. Atendia pelo mesmo nome, mas era outro. Algumas coisas eram familiares. Chegavam a partilhar gostos, escolhas e até traços, porém nunca seriam o mesmo. Eram duas partes distintas de frutas diferentes.
Percebi pela cor de seus olhos que se tratava de um engano mortal. Eram tonalidades diferentes. Um possuía esferas verdes profundas, pesadas e tristes. Lembrei das bolinhas de vidro que jogava no fundo do quintal do meu avô. Ao mesmo tempo fascinantes e frágeis. Já o outro era dono de leves amêndoas divertidas e sem compromisso. Não possuía mentira no olhar, portador da verdade como uma criança. Eram olhares tão distintos, sorrisos diferentes, pessoas díspares.
Não os queria, eles apenas apareceram como fantasmas. Atormentada, fugi para longe onde nenhum deles fosse capaz de me encontrar.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Acabou

Não posso mais escrever sobre alguém que se foi. Tenho que parar de fazer as coisas em função de alguém que se foi. Escrever isso é relembrar a necessidade de escrever sobre dor. Incrível. Sofrer com a presença e agonizar na falta. Esquecer não é base de raciocínio. É necessário apenas superar. Com marcas eternas, mas superar.

domingo, 27 de abril de 2008

Adeus

Eu te olhei. Você não olhou de volta. Apenas me disse que não dava mais. Não achei que este dia chegaria. Fiquei parada na chuva durante vinte e quatro minutos até perceber que você tinha partido. Deixou-me de verdade, para sempre. Não era minha vontade, nunca quis isso. Juro. Pensei em te deixar, mas nunca imaginei que o contrário aconteceria.
Você me disse que não era mais a mesma pessoa. Tinha certeza disso há muito tempo e, mesmo assim, continuei agindo como se nada tivesse mudado. Ingenuidade a minha. Pensei que era para sempre. Com todos os defeitos, era pra sempre. No fundo, é pra sempre.
Dei dois paços, parei outra vez. Encostei-me em um canto qualquer onde a chuva ainda alcançava meu rosto. Simplesmente resolvi reviver as suas palavras. Pensei nas coisas que nunca te disse, nos silêncios intermináveis, nos olhares, na primeira vez que te vi, nos momentos de melhor amigo, na falta que meu confidente faria, em todos os meus erros, nos seus também.
Senti falta de escutar meu telefone tocar. Esperei que tudo fosse apenas uma brincadeira cruel. Já passei da conta tantas vezes. Acho que mereci. Então percebi a chuva se misturar as minhas lágrimas. Senti um pedaço de mi ser arrancado. Um vazio insubstituível, pra sempre.

sábado, 26 de abril de 2008

Nova figura

Ganhei um presente hoje.
Pedro, obrigada! Muito fofo da sua parte.

:)

Sem nada pra dizer.

Alguém em meio à multidão se referiu a mim como ‘aquela moça blasé’. Será? Concordo com alguns pontos do texto “A metrópole e a vida mental” do Simmel, afinal, foi um dos que li para minha prova de sociologia no segundo período, mas ser chamada de blasé? Será? Pensei nesta tal pessoa que afirmou com tanta autoridade e conhecimento sobre o que muitos conhecem como “atitude blasé”. Resolvi procurar no Google. Achei respostas idiotas, algumas mais completas, mas nenhuma chegava ao ponto em que me tornei blasé. Será que me tornei ou sempre fui?
Parei de sentir os estímulos do mundo moderno e minhas atitudes são cheias de sarcasmo? Se virei blasé não foi por modismo, mas por necessidade. E este distanciamento diante das coisas serve de proteção para não me machucarem mais. Ainda procuro entender o verdadeiro significado desta subjetividade e o motivo dele ter me chamado de blasé com tanta facilidade.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nada.

Não tenho nenhuma proposta. Acredite. Minha proposta se resume em não ter proposta. Escrevo qualquer coisa que quero. Influência da minha mente doentia e das leituras loucas, como você pode perceber. Procuro escrever coisas que todos já escreveram e estão cansados de saber. Procuro encontrar coisas que ninguém jamais achou. Um teria mais importância que o outro? Acho que não. Não tenho proposta. Não tenho propósito. Sou apenas alguém com mente febril e atormentada querendo escrever. Se for do seu interesse, pode ler. Não ligo. Critique. Faça o que bem entender. É um direito seu. Apenas peço que faça o que você quiser. Nunca o que eu quero que faça.

Obrigada pela atenção.

Uma simplória verdade

Você bateu na minha porta ontem. Tenho certeza que foi você. Não se esconda atrás desta máscara ou nas sobras do canto escuro. Apenas diga a verdade. Não fuja, seja homem. Ou talvez seja o que você quiser ser. Não se importe comigo. Apenas diga a verdade. Você bateu na minha porta ontem? Como saberei se estais falando a verdade depois de tantas mentiras?
Eu sei que foi você. Apenas sei. Diga. Pois nada que você disser de diferente irei acreditar. Suas mentiras o corromperam. Tornaram suas verdades falsas como notas de 3 reais.
Mesmo que você não tenha batido na minha porta ontem, sempre acharei que mentes ao afirmar a pura verdade.


Cuidado com as escolhas, meu caro amigo.
Levar uma vida de mentiras acaba destruindo o pouco de verdade que ainda há em você.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Are you in?

Todos devemos estar nessa? Acho que sim. É bem melhor quando estamos juntos nessa. Uma festa? Seja lá qual for. Você ta dentro? Sempre estou. Acho que nem precisa perguntar. O clima é sempre melhor. Social. Máscaras. Corpos. Copos. Líquidos coloridos. Você se diverte com toda aquela luz, música e ar propício à loucura. Dance, faça o que você deseja. E quando entrar nessa, entre de verdade. De corpo e alma. Imparcial. Sem julgamentos. Aproveite.

E então? Are you in?
Eu estou! Sempre estou.


*Are you in? – Incubus*

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Direcionado!

"Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar a dor é impossível
Evitar esse amor é muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz"


Me deixa em Paz - Orquestra Imperial

terça-feira, 1 de abril de 2008

VAMOS COMEÇAR...

eeee... Mentira... 1 de Abril!