sábado, 12 de julho de 2008

TERAPIA

- Um pouco de boa sorte. – Pensou.

Tinha um potencial muito além daquelas entrelinhas iniciais. Era movida a dedicação, organização, comprometimento e uma pitada de talento. Parte pelo seu gênio indomável e influências literárias desde a infância. Tinha um senso crítico apurado, ninguém era capaz de negar. Outra influência primordial para a mistura satisfatória era o nascimento. Neta de político de direita, filha de militantes de esquerda, pôde contemplar, desde o berço, várias facetas do invólucro parlamentar-social deste país. Cresceu entre pessoas diferentes de si mesma, um pouco perdida, um pouco assustada. No começo, se escondia atrás dos óculos cafonas mergulhados nas páginas de mais um romance do século XVIII-XIV. Jane Austin, de preferência.

Um comentário:

Pedro Rabello disse...

Jane Austin? Já sei sobre quem é esse texto... rs

Bom te ler de novo!