terça-feira, 25 de setembro de 2007
sábado, 22 de setembro de 2007
nada que escrevo está fazendo sentido.
deixo isso por aqui para marcar, como pegadas, uma trajetória confusa.
A cada dia me perco mais e não sinto necessidade de gritar. apenas olho todos os referenciais sumindo e as pessoas se distanciando. não sinto quase nada, não me sinto capaz de sentir. montei um escudo transparente a minha volta, impenetrável. tornei-me apenas um corpo oco e luto para que os outros não percebam isso.
deixo isso por aqui para marcar, como pegadas, uma trajetória confusa.
A cada dia me perco mais e não sinto necessidade de gritar. apenas olho todos os referenciais sumindo e as pessoas se distanciando. não sinto quase nada, não me sinto capaz de sentir. montei um escudo transparente a minha volta, impenetrável. tornei-me apenas um corpo oco e luto para que os outros não percebam isso.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
memórias
A vida é realmente irônica e confesso adorar secretamente essas reviravoltas.
Esqueci como era difícil esquecer, mas você sempre está ali para lembrar, não é? Você não esquece, por mais que pareça esquecer. Sempre surpreende.
acordei ao som de Death Cab For Cuite, maravilha.
Esqueci como era difícil esquecer, mas você sempre está ali para lembrar, não é? Você não esquece, por mais que pareça esquecer. Sempre surpreende.
acordei ao som de Death Cab For Cuite, maravilha.
sábado, 15 de setembro de 2007
Peixe fora d'água
A noite de ontem entrará para a história dos piores programas da minha vida, desculpe. Sendo muito sincera, não nasci para freqüentar esse tipo de lugar. Recuso-me a voltar. Como disse na porta daquele estabelecimento na hora da saída: “esse lugar é a porta do inferno”. Peço perdão aos freqüentadores assíduos dessas boates da Barra da Tijuca, mas realmente não estou dentro dos padrões estabelecidos por essa tribo. Não uso roupas minúsculas e não caio na conversa fiada e extremamente barata desses “conquistadores” da noite. Tenho um gosto musical um pouco diferente das paradas de sucesso. E, finalmente, não acho graça alguma quando um cidadão qualquer passa um copo gelado nas minhas costas e pergunta: “já é, gata?”. Pelo amor de deus! Tenha mais imaginação!
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Quem é você?
Voltei pensando em nós dois e como tudo se complicou. No fim, entendi a sua distância e frieza para com minhas tentativas de aproximação. Percebi a sua mudança. Você não é mais aquele cara simpático sempre com um sorriso no rosto tentando divertir uma menina deslocada entre pessoas estranhas e anti-sociais. E está muito longe de ser a pessoas por quem me apaixonei naquela época. Eu era inocente e você não tinha tanto ressentimento no coração. Hoje, reconheço minha mudança. Não me refiro apenas ao exterior, mas aquela menina boba satisfeita com tão pouco ficou perdida em algum lugar. Sinto por não ter acordado desse sono antes, foram quatro anos esperando você mudar. Infelizmente, mudaste tanto que não te rechonheço mais.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
Deita e dorme
Não agüento mais esses homens. Resolvi dar um tempo. Estou saindo do “mercado” oficialmente. Não agüento mais me enganar com essa corja de safados ambulantes. Ultimamente, só aparece homem complicado, comprometido, sacana, safado ou gay! Além disso, convenci minha consciência de deixar o passado bem enterrado. Se não deu certo até hoje já perdeu o prazo de validade. Cansei. Vou esperar o príncipe encantado deitada. Funcionou com a Branca de Neve e a Bela Adormecida, quem sabe não funciona comigo?
Um brinde
Finalmente meu mau humor passou. Agradeço ao B-52, ao Blue Lagoon, ao Orgasm e, especialmente, aos amigos. Fui à primeira despedida de um grande amigo e acabou reunindo outros tantos que não vejo há muito tempo. Nosso encontro teve direito a música sertaneja, fofocas amorosas, confissões e piadas de alto nível (alcoólico). O melhor comentário da noite ficou por conta da mãe de uma amiga após escutar “O grande amor da minha vida” da grande dupla Gian e Giovanni. Os caros leitores devem ser familiarizados com esse grande clássico, pois foi uma daquelas músicas que tocou sem parar numa época qualquer no passado. Se não, esclareço-lhes com alguns versos.
Eu a vi se aconchegar em outros braços
e sair contando os passos
me sentindo tão sozinho
no corpo o sabor amargo do ciúme
a gente quando não se assume
Fica chorando sem carinho
O tempo passou e eu sofri calado
não deu pra tirar ela do pensamento
eu ia dizer que estava apaixonado
recebi o convite do seu casamento
em letras douradas num papel bonito
chorei de emoção quando acabei de ler
num cantinho rabiscado no verso
ela disse meu amor eu confesso
estou casando mais o grande amor
da minha vida é você
E o tão falado comentário foi o seguinte: “Que mulher burra”. Pode não parecer tão engraçado a vocês que não estavam lá, mas no contexto foi o auge das risadas da mesa.
Percebi que há pessoas conectadas a você nesse mundo. Ainda bem!
Eu a vi se aconchegar em outros braços
e sair contando os passos
me sentindo tão sozinho
no corpo o sabor amargo do ciúme
a gente quando não se assume
Fica chorando sem carinho
O tempo passou e eu sofri calado
não deu pra tirar ela do pensamento
eu ia dizer que estava apaixonado
recebi o convite do seu casamento
em letras douradas num papel bonito
chorei de emoção quando acabei de ler
num cantinho rabiscado no verso
ela disse meu amor eu confesso
estou casando mais o grande amor
da minha vida é você
E o tão falado comentário foi o seguinte: “Que mulher burra”. Pode não parecer tão engraçado a vocês que não estavam lá, mas no contexto foi o auge das risadas da mesa.
Percebi que há pessoas conectadas a você nesse mundo. Ainda bem!
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Respire fundo
Uma boa noite de sono resolve muita coisa. O meu mau humor não foi resolvido. Ainda sinto resquícios fortes da irritação em minhas veias. Há dias em que a necessidade de isolamento é essencial para a sobrevivência da raça humana. Sim, eu sou uma poderosa bomba ambulante incontrolável em certos momentos. Então, preciso guardar meus verdadeiros impulsos e não pronunciar certas coisas desejadas. Afinal, existe uma norma social, certo? Não sei se sociabilidade me agrada tanto assim. Há momentos em que desejo explodir silenciosamente, pois esse mundo me parece um lixo. Parece injusto, parece sujo, vergonhoso e, além disso, não me sinto conectada a ninguém. Dizem-me que o homem não é uma ilha, será mesmo? A visão oferecida no momento é bem diferente: está rodeado de pessoas, porém se sente sozinho. A ligação que procuro é algo poderoso, renovador. Existe?
No fim, isso tudo é um bando de baboseiras escritas por alguém em péssimo humor.
Tudo isso é uma questão de ponto de vista, certo? Estou com meus óculos muito sujos então. Alguém tem um pano limpo? Ok...Obrigada.
No fim, isso tudo é um bando de baboseiras escritas por alguém em péssimo humor.
Tudo isso é uma questão de ponto de vista, certo? Estou com meus óculos muito sujos então. Alguém tem um pano limpo? Ok...Obrigada.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Pasta, pasta...
Tenho tanta coisa a dizer que as idéias se perderam na confusão de um furacão de idéias. Então, deixo-lhes um conto do Drummond que diz muita coisa apesar de não parecer.
Diálogo Final
É tudo que tem a me dizer? – perguntou ele.
- É – respondeu ela.
- Disse o que tinha para dizer.
- Sempre se pode dizer mais alguma coisa.
- Que coisa?
- Sei lá. Alguma coisa.
- Você queria que eu repetisse?
- Não. Queria outra coisa.
- Que coisa é outra coisa?
- Não sei. Você que deveria saber.
- Por que eu devia saber o que você não sabe?
- Qualquer pessoa sabe mais alguma coisa que outro não sabe.
- Eu só sei o que eu sei.
- Então não vai mesmo me dizer mais nada?
- Mais nada.
- Se você quisesse...
- Quisesse o quê?
- Dizer o que você não tem para me dizer. Dizer o que não sabe, o que eu queria ouvir de você. Em amor é o que há de mais importante: o que a gente não sabe.
- Mas tudo acabou entre nós.
- Pois isso é o mais importante de tudo: o que acabou. Você não me diz nada sobre o que acabou? Seria uma forma de continuarmos.
*
Carlos Drummond de Andrade
Diálogo Final
É tudo que tem a me dizer? – perguntou ele.
- É – respondeu ela.
- Disse o que tinha para dizer.
- Sempre se pode dizer mais alguma coisa.
- Que coisa?
- Sei lá. Alguma coisa.
- Você queria que eu repetisse?
- Não. Queria outra coisa.
- Que coisa é outra coisa?
- Não sei. Você que deveria saber.
- Por que eu devia saber o que você não sabe?
- Qualquer pessoa sabe mais alguma coisa que outro não sabe.
- Eu só sei o que eu sei.
- Então não vai mesmo me dizer mais nada?
- Mais nada.
- Se você quisesse...
- Quisesse o quê?
- Dizer o que você não tem para me dizer. Dizer o que não sabe, o que eu queria ouvir de você. Em amor é o que há de mais importante: o que a gente não sabe.
- Mas tudo acabou entre nós.
- Pois isso é o mais importante de tudo: o que acabou. Você não me diz nada sobre o que acabou? Seria uma forma de continuarmos.
*
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Além do cercado
Vi o documentário “Santiago” do João Moreira Salles hoje.
Sem palavras para descrever. Uma reflexão de vida e cinema.
Recomendo.
Sem palavras para descrever. Uma reflexão de vida e cinema.
Recomendo.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Um guarda-chuva, por favor...
Cavalinho na chuva está para se molhar. Pois tudo que vai nesse mundo um dia pode voltar, tenha certeza. Aqueles que entendem o mundo como injusto não observaram da perspectiva correta.
A verdade, senhores, possui milhões de faces. Não é um conceito absoluto. Qual a verdade “real”? Qual a verdade no seu ponto de vista? Não entendam errado, isso não é papo de malandro vigarista, mas apenas questionamentos corriqueiros feitos por alguém muitas vezes enganada pelo ângulo de visão. Enganado apenas por aquilo que se quer ver. Existem milhões de verdades e milhões de visões. Você só precisa achar o ângulo apropriado para você. Por isso, ajuste seu binóculo, troque ou limpe sua lente. Se não der certo, pense na hipótese de se desfazer do velho e comprar um inteiramente novo.
A verdade, senhores, possui milhões de faces. Não é um conceito absoluto. Qual a verdade “real”? Qual a verdade no seu ponto de vista? Não entendam errado, isso não é papo de malandro vigarista, mas apenas questionamentos corriqueiros feitos por alguém muitas vezes enganada pelo ângulo de visão. Enganado apenas por aquilo que se quer ver. Existem milhões de verdades e milhões de visões. Você só precisa achar o ângulo apropriado para você. Por isso, ajuste seu binóculo, troque ou limpe sua lente. Se não der certo, pense na hipótese de se desfazer do velho e comprar um inteiramente novo.
Upa, upa...
Fui almoçar com uma amiga. O lugar marcado era o Parque das Rosa, Barra da Tijuca. Logo após saciarmos nossa fome, resolvemos dar um passeio pelas redondezas para colocar as fofocas em dia. Foi quando o avistei. Era simplesmente lindo em suas cores pálidas e olhos castanhos. Ele corria com uma imponência quase selvagem. Resolvi me aproximar. Convidei minha amiga que revelou nervosamente:
- Tenho medo – disse ela.
- Medo do que? – retruquei.
- do cavalo – respondeu.
Ele era apenas um cavalinho e não nos aproximamos por medo.
- Tenho medo – disse ela.
- Medo do que? – retruquei.
- do cavalo – respondeu.
Ele era apenas um cavalinho e não nos aproximamos por medo.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Vai, corre, vai...
Ca. va. lo [1. Mamífero eqüídeo, domesticado como animal de tiro e de montaria. é herbívoro, tem crina e focinho longos e patas com cascos sólidos. 2. Homem muito grosseiro, ou pouco inteligente; jumento, cavalgadura. 3. Certa peça de jogo de xadrez. 4. Ramo ou tronco em que se faz um enxerto.]
o meu é pequeno, mas não deixa de ser cavalo.
o meu é pequeno, mas não deixa de ser cavalo.
Assinar:
Postagens (Atom)