domingo, 13 de março de 2011

Burocracias incompreensíveis do cotidiano



- Paciência, espera.
Algum número bate o pé ritmado na fileira atrás de mim. O “202” trouxe livro de numerologia. Inteligente da parte dele, só tenho esse bloco de notas enquanto espero. O “199” está de olho na tela. “Perdeu sua chamada, já era!”, diz o fiscal.
Presto atenção nos algarismos, três. Estou longe, mas eles mudam rápido. Sinal de desistência ou que algum pobre coitado pegou no sono de tanto tédio.