Cavalinho na Chuva
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Ao que interessar possa
Enquanto você não faz idéia das minhas intenções escondo-me nos outros rostos familiares aos nossos traços como sempre esperei encontrar diferente de outros e livre enquanto dure este estado de escrita. Que simplesmente me mantenha a escrever qual seja a emoção justificada e justaposta, mas que mantenha o meu viver vivo, aqui. Quem é capaz de domesticar a minha ausência de palavras merece a gratidão eterna das minhas pequenas palavras.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Definir espaços
Aquele capaz de destravar o mecanismo de defesa da ausência da escrita merece um texto? Andei perguntando isso para meu grande amigo Yama, o Deus da Morte, em nossas conversas particulares ao telefone. Será que alguém capaz de causar um estranhamento tão grande merece um texto? Talvez um texto sobre o fato ele simplesmente mereça. Não um conto sobre um rapaz calado e sombrio que se mostra interessado em boa música e literatura, tudo narrado pela governanta devassa. Talvez algo mais intrigante, mais interessante, mais simples. Quem sabe.
domingo, 13 de março de 2011
Burocracias incompreensíveis do cotidiano
- Paciência, espera.
Algum número bate o pé ritmado na fileira atrás de mim. O “202” trouxe livro de numerologia. Inteligente da parte dele, só tenho esse bloco de notas enquanto espero. O “199” está de olho na tela. “Perdeu sua chamada, já era!”, diz o fiscal.
Presto atenção nos algarismos, três. Estou longe, mas eles mudam rápido. Sinal de desistência ou que algum pobre coitado pegou no sono de tanto tédio.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Esconde pra não te achar
Acho que entendo a minha necessidade, cada dia maior, de me afastar da grande maioria. Os mais simples comentários tornam-se absurdos, insuportáveis. Não tenho mais paciência, tolerância e, tão pouco, educação para agüentar a grande maioria dos seres humanos.
Salinger tem razão quando diz: “I'm sick of just liking people. I wish to God I could meet somebody I could respect.”, é exatamente o problema, ou melhor, a fonte desse meu problema. Afinal, respeito é a base da minha tolerância o que, infelizmente, é algo quase impossível de se achar nos dias de hoje.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Se você é, vista a máscara.
you being in love...
by e.e. cummings
you being in love
will tell who softly asks in love,
am i separated from your body smile brain hands merely
to become the jumping puppets of a dream? oh i mean:
entirely having in my careful how
careful arms created this at length
inexcusable, this inexplicable pleasure-you go from several
persons: believe me that strangers arrive
when i have kissed you into a memory
slowly, oh seriously
-that since and if you disappear
solemnly
myselves
ask "life, the question how do i drink dream smile
and how do i prefer this face to another and
why do i weep eat sleep-what does the whole intend"
they wonder. oh and they cry "to be, being, that i am alive
this absurd fraction in its lowest terms
with everything cancelled
but shadows
-what does it all come down to? love? Love
if you like and i like,for the reason that i
hate people and lean out of this window is love,love
and the reason that i laugh and breathe is oh love and the reason
that i do not fall into this street is love."
Amor, se existe, é como uma poesia desse cara: palavras bem escolhidas mas que perdem o sentido verdadeiro se não forem declamadas em voz alta.
by e.e. cummings
you being in love
will tell who softly asks in love,
am i separated from your body smile brain hands merely
to become the jumping puppets of a dream? oh i mean:
entirely having in my careful how
careful arms created this at length
inexcusable, this inexplicable pleasure-you go from several
persons: believe me that strangers arrive
when i have kissed you into a memory
slowly, oh seriously
-that since and if you disappear
solemnly
myselves
ask "life, the question how do i drink dream smile
and how do i prefer this face to another and
why do i weep eat sleep-what does the whole intend"
they wonder. oh and they cry "to be, being, that i am alive
this absurd fraction in its lowest terms
with everything cancelled
but shadows
-what does it all come down to? love? Love
if you like and i like,for the reason that i
hate people and lean out of this window is love,love
and the reason that i laugh and breathe is oh love and the reason
that i do not fall into this street is love."
Amor, se existe, é como uma poesia desse cara: palavras bem escolhidas mas que perdem o sentido verdadeiro se não forem declamadas em voz alta.
Escolhas estranhas
Entender como as outras pessoas funcionam é bem relevante. Especialmente quando você é aquele tipo que vive da mimetização dos sentimentos alheios. Não ter o cacife social para criar seus próprios é um jogo perigoso. Não é crueldade, garanto. O problema maior desta disfunção é a facilidade de ser confundida com bondade. Aí o bicho pega!
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